domingo, 12 de maio de 2024

A betulah - a virgem

Novamente afirmamos e enfatizamos quantas vezes for necessário que a autoridade da bíblia, vai desde B`Reshiyth (Gênesis) até Hitgalut (Apocalipse). É importante que voltemos para a língua original, voltemos para a cultura da terra em que se produziu a Brit Hadasha (Novo Testamento), porque ela não foi produzida em um vácuo. Se fizermos isso vamos estar muito mais perto dos paralelos linguísticos dos autores dos evangelhos e isso vai nos ajudar a interpretar de uma forma mais acurada e correta, a bíblia. 

Khephas (Pedro) diz ser Shaul (Paulo) muito difícil de entender. Shaul (Paulo) foi ensinado e discipulado por Gamliy`el (Gamaliel) que foi uma figura proeminente no seu tempo, na literatura rabínica, no Sinedrim (Sinédrio). 
Vamos dar uma olhada no nascimento de Yeshua (Jesus); sobre o Seu nascimento de uma virgem. Encontramos aproximadamente 5 a 6 diferentes referências dizendo que surgiria uma estrela no Oriente anunciando a vinda do Mashiah (Messias).
Comecemos com Yeshayahu (Isaias).

Is 7:14 LTT
14 Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará
à luz um filho, e chamará o Seu nome Emanuel.
Lakhen yiten Adonai hu lakhem ot hineh haalmah harah veyoledet ben vekarat shemo Imanu EL:

Vejamos esta frase Ìmmanu’El (Emanuel). 

Ìm, em hebraico significa: com
Ìmmanu’ significa:         conosco
El significa:         Deus

Portanto Ìmmanu’El (Emanuel) significa "Deus conosco, Deus está conosco. 
Vamos começar no início, em B`Reshiyth, analisando de quem Yeshayahu (Isaias) 7:14 está falando.

Gn 32:29-30 LTT
29 E Jacó Lhe perguntou, e disse: Dize-me, peço-Te, o Teu nome. E disse:
Por que perguntas pelo Meu nome? E abençoou-o ali.
30 E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel «Face de Deus», porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha vida está preservada.

Qual o significado desta frase em hebraico "por que perguntas pelo Meu nome"?

LAMAH ZEI TISHAL LISHIMI

Analisemos Juízes 13


Jz 13:2-3 LTT
2 E havia um homem de Zoráh, da tribo de Dã, cujo nome era Manoáh; e sua esposa, sendo estéril, não dava filhos à luz.
3 E o Anjo do SENHOR apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens dado filhos à luz; porém conceberás, e darás à luz um filho

Jz 13:6 LTT
6 Então a mulher entrou, e falou a seu marido, dizendo: Um homem de Deus veio a mim, cuja aparência era semelhante à aparência do Anjo de Deus, muito aterrorizadora; e não Lhe perguntei donde era, nem Ele me disse o Seu nome.

Jz 13:17-18 LTT
17 E disse Manoáh ao Anjo do SENHOR: Qual é o Teu nome, para que, quando se cumprir a Tua palavra, Te honremos?
18 E o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo Meu nome visto que é Maravilhoso?

LAMAH ZEI TISHAL LISHIMI

Em hebraico essa é a mesma frase usada pelo Anjo que lutou com Jacob em B`Reshiyth (Gênesis) 32. Essas duas passagens estão conectadas.
O Anjo que apareceu anunciando para a esposa de Manoah que ela daria à luz, é o mesmo que apareceu para Jacob.
Aqui em Jz 13:18 as Escrituras nos acrescentam mais um detalhe sobre esse Anjo. 
Ele é Maravilhoso.

Nestas duas passagens vemos a descrição de um Anjo (malach) mensageiro.

Os 12:4 LTT
4 Teve poder de lutar contra o Anjo, e agüentou a luta; chorou, e lhe suplicou; em
Betel o Anjo o achou, e ali o Anjo falou conosco,

Jz 3:3 LTT
3 E o Anjo do SENHOR apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e
nunca tens dado filhos à luz; porém conceberás, e darás à luz um filho.

Agora veja isto: este Anjo também é descrito como um “homem” nestas duas passagens.

Gn 32:24 LTT
24 Jacó, porém, ficou só; e ali lutou com ele um Varão (homem), até a aurora subir.

Jz 13;6 LTT
6 Então a mulher entrou, e falou a seu marido, dizendo: Um homem de Deus veio a mim, cuja aparência era semelhante à aparência do Anjo de Deus, muito aterrorizadora; e não Lhe perguntei donde era, nem Ele me disse o Seu nome.

Este Anjo, descrito como um homem, agora é descrito como Deus.

Gn 32:30 LTT
30 E chamou Jacob o nome daquele lugar Peniel «Face de Deus», porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha vida está preservada.

Jz 13:22 LTT
22 E disse Manoáh à sua esposa: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus.

Bem, vemos que essa pessoa com quem Jacob teve um encontro é chamado de Anjo, homem e Deus. Essa pessoa tem seus pés nos reinos da existência. No reino divino, angelical e humano. Tudo desde o céu até a terra. Como uma escada que conecta o infinito ao finito.
Veja outra vez.

Jz 13:18 LTT
...Por que perguntas assim pelo Meu nome visto que é Maravilhoso?

Is 9:6-7 LTT
6 Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o Seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, o Deus Forte, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz.
7 Do aumento do Seu principado e da Sua paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no reino dele, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.

Veja esse detalhe interessante de Is 9:6 em hebraico:

Is 9:6 כִּי־ ki- יֶ֣לֶד Ye·led יֻלַּד־ yul·lad- לָ֗·נוּ La·nu, בֵּ֚ן ben נִתַּן־ nit·tan- לָ֔·נוּ La·nu, וַ·תְּהִ֥י vat·te·Hi הַ·מִּשְׂרָ֖ה ham·mis·Rah עַל־ 'al- שִׁכְמ֑·וֹ shich·Mo; וַ·יִּקְרָ֨א vai·yik·Ra שְׁמ֜·וֹ she·Mo פֶּ֠לֶא Pe·le יוֹעֵץ֙ yo·'Etz אֵ֣ל 'el גִּבּ֔וֹר gib·Bor, אֲבִי·עַ֖ד 'a·vi·'Ad שַׂר־ sar- שָׁלֽוֹם׃ sha·Lom.
Is 9:7 [לְמַרְבֵּה le·mar·beh כ ch] (לְמַרְבֵּ֨ה le·mar·Beh ק k) הַ·מִּשְׂרָ֜ה ham·mis·Rah וּ·לְ·שָׁל֣וֹם u·le·sha·Lom אֵֽין־ 'ein- קֵ֗ץ Ketz, עַל־ 'al- כִּסֵּ֤א kis·Se דָוִד֙ da·Vid וְ·עַל־ ve·'al- מַמְלַכְתּ֔·וֹ mam·lach·To, לְ·הָכִ֤ין le·ha·Chin אֹתָ·הּ֙ 'o·Tah וּֽ·לְ·סַעֲדָ֔·הּ u·le·sa·'a·Dah, בְּ·מִשְׁפָּ֖ט be·mish·Pat וּ·בִ·צְדָקָ֑ה u·vitz·da·Kah; מֵ·עַתָּה֙ me·'at·Tah וְ·עַד־ ve·'ad- עוֹלָ֔ם o·Lam, קִנְאַ֛ת kin·'At יְהוָ֥ה A·do·Nai צְבָא֖וֹת tze·va·'ot תַּעֲשֶׂה־ ta·'a·seh- זֹּֽאת׃ Zot. ס sa·Mek 

     
Essa palavra no círculo, é a palavra hebraica lemarbeh  


Veja a letra indicada 

A letra Mem m ocorre somente no começo ou no meio da palavra. 
A letra Mem Sofit ocorre somente no final da palavra.
Temos então um problema aqui. 
Então vamos a uma pequena explicação.
Temos aqui a palavra Mayim que significa água.


Lembrando que o hebraico se escreve da direita para a esquerda, a primeira letra é o
Mem e a terceira o Mem Sofit. Temos aqui a palavra Miryam µyrm, traduzida como Maria. Mem no início e Mem Sofit no final.



Veja algo interessante.


A letra Mem e como é como a barriga acima. 
O canal está aberto para dar à luz.
No caso da letra Mem Sofit o canal está fechado para dar à luz e por isso representa a
mulher estéril. 
Outra coisa que temos aqui é que o valor numérico da letra Mem, que é 40, outra alusão as 40 semanas em que o embrião é formado no útero.
Esta letra, pictograficamente representa a água.
No pensamento hebraico, a letra Mem não só significa águas, mas também esta ligada a palavra mãe e ao seu útero que flui águas por ocasião do nascimento da criança. 
A letra Mem Sofit representa uma mulher que é estéril e incapaz de dar à luz. Da mesma forma, esta letra também representa uma virgem que ainda não concebeu.

Você pode perceber que por toda a Toráh, Sarah, Rebeca, Ana, Raquel, a esposa de Manoah, temos esse padrão de nascimento sobrenatural, miraculoso. 
A pessoa que nasceria da profecia de Isaías 9 deveria vir de um útero fechado, não porque era estéril, mas porque seria um útero que não havia ainda concebido.

Voltemos em Is 7:14

Is 7:14 LTT
14 Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o Seu nome Emanuel.

A palavra traduzida aqui como “virgem” é a palavra hebraica haalmah que também significa “uma jovem, donzela”.


O que acontece é que em hebraico temos uma palavra usada frequentemente para “virgem”, que é a palavra betulah.


Lembremos que o padrão na Toráh para os nascimentos miraculosos é de uma criança vinda de um útero estéril, até Yohanam, o imersor (João, o batista).
Então porque Yeshayahu usou a palavra haalmah ao invés de betulah? 
Lembrando um princípio da Toráh que está em Deuteronómio.
Dt 12:32 LTT
32 Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás.

Nada da Toráh poderá ser adicionado ou retirado. 
Tudo que está na bíblia pode ser encontrado na Toráh. 
Tudo que está escrito nos profetas, nos escritos e no Novo Testamento pode ser encontrado descrito na Toráh. 
Então para sabermos a razão pela qual Yeshayahu usou a palavra haalmah temos que procurar na Toráh.

Vamos então ao B`Reshyith.

Gn 24:16 LTT
16 E a donzela era mui formosa à vista, virgem (betulah), a quem nenhum homem havia conhecido; e desceu à fonte, e encheu o seu cântaro e subiu.

Gn 24:42-44 LTT
42 E hoje cheguei à fonte, e disse: Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, se Tu agora prosperas o meu caminho, no qual eu ando,
43 Eis que estou junto à fonte de água; seja, pois, que a donzela (haalmah) que sair para tirar água e à qual eu disser: Peço-te, dá-me de beber um pouco de água do teu cântaro;
44 E ela me disser: Bebe tu e também tirarei água para os teus camelos; esta seja a mulher que o SENHOR designou ao filho de meu senhor.

Matityahu (Mateus) usa a palavra haalmah para Myriam (Maria).
Quando Gabriel anuncia a Myriam sobre o nascimento do Mashiah, ela diz a ele que não havia sido tocada por nenhum homem. 
A haalmah como uma betulah.
Há um outro lugar na Toráh que fala sobre haalmah.

Ex 2:8 LTT
8 E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça (haalmah), e chamou a mãe do menino.

Êxodo 2 mostra Mosheh dentro arca, do cesto, pois a palavra é a mesma, o redentor do povo hebreu sendo retirado da água pela filha de Faraó e a haalmah veio e recebeu a ordem de encontrar alguém para cuidar do menino. 
Agora quem é a haalmah aqui? 
A Toráh é bem vaga acerca disto por uma razão especifica, para nos dizer algo mais profundo.
Lembrando que existem 4 níveis de interpretação da Toráh. Pashat, Remez, Drash e Sod. 
O literal, o escondido, o parte enterrado dentro do texto e o nível mais profundo de revelação, nível em que Hitgalut (Apocalipse) foi escrito. 
Rabi Shaul (Paulo) também escrevia muito nesse nível.
Então temos que em Yeshayahu 7:
1. A haalmah dá à luz
2. A Toráh define haalmah como “virgem”
3. A haalmah gera através da “água”
4. A haalmah é designada para conceber o Filho do Senhor
5. O nome da haalmah é Myriam

Em Yeshayahu 9:
1. A pessoa nascida dessa profecia nasceria de um ventre fechado
2. O que nasceria de um ventre fechado seria o Mashiah
3. A pessoa nascida seria um Anjo do Senhor e ao mesmo tempo Deus e homem. 
Tudo isso temos apenas no Tanach, sem entrar no Novo Testamento, séculos antes.
Pv 30:4 LTT
4 Quem subiu ao céu e desceu? Quem ajuntou todos os ventos dentro dos Seus punhos? Quem amarrou as águas em Suas roupas? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o Seu nome? E qual é o nome de Seu filho, se é que o sabes?

A pergunta permanece vez por vez na Toráh: Qual é o Seu nome?
O Anjo escondeu isso quando lutou com Jacob. 
Israel continua lutando com o Anjo, Deus, Yeshua, até hoje. A Toráh noz diz qual é o Seu nome, milhares de anos antes. 
Mosheh toma Hoshea (Oséias), filho de Nun e muda o seu nome para Yehoshua (Josué) uma variação de Yeshua. Exatamente como o Anjo dá a Jacob um novo nome, Israel. 
Assim como aconteceu com Abrão para Abraão, Sarai para Sarah.
Mosheh (Moisés) não completaria a redenção do povo hebreu e sim Yeshua (Josué). 
Isso era uma profecia de que quem completaria a redenção, quem seria o segundo Adam seria Yeshua (Jesus).

Zc 6:12 LTT
12 E fala-lhe, dizendo: Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Eis aqui o Homem cujo nome é RENOVO; Ele brotará do Seu lugar, e edificará o templo do SENHOR.

O RENOVO é reconhecido como identificação do Mashiah.
O Tanach noz diz que o Seu nome seria Yeshua, o Renovo. O que traria o Seu povo, Israel, a herdar a terra.
Temos que cada detalhe sobre Yeshua no Novo Testamento, já havia sido escrito, no Velho Testamento, especificamente na Toráh. 
Josué (Yehoshua), escolheu 12 homens. Todos os reis vieram contra Josué (Yehoshua), contra Israel. Come está em Hitgalut (Apocalipse) 19.
A pergunta continua: Qual o Seu nome?
o Seu nome é: Maravilhoso, Conselheiro, o Deus Forte, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz.

Mt 1:21 LTT
21 E ela dará à luz um filho e tu chamarás o Seu nome Yeshua (Jesus); porque Ele salvará o Seu povo para longe dos pecados deles."

Noz dizemos em português “como você está?” ou “como vai?”.
Em hebraico dizemos “ma sh'lomkhá / sh’lomékh?” e sabe o que isso significa? 
“Como está a sua Paz?”
Como está sua relação com o Príncipe da Paz?

A pergunta era “qual o seu nome?”.
Devemos ter a mente de Yeshua e entender como funciona a mente hebraica.
Não tem nada com a maneira com que se pronuncia. É muito mais profundo que isso. 
Está muito mais relacionado com o caráter, com a autoridade, com quem a pessoa de Yeshua realmente É. 
Ele se revela a nós como Yeshua, a salvação, a pedra fundamental, o Alef e o Tav, Quem reconstrói os muros de Yerushalayim, Quem completa a redenção, Quem deseja ardentemente se revelar a nós, não através da religião, mas através de um relacionamento íntimo.
Yeshua é a Toráh viva.

Shalom Aleichem! 
Ed Sant Anna, rabi










domingo, 5 de maio de 2024

INCLUSÃO



Inclusão


Todos deveriam ser incluídos no reino de Deus? 
Deus deseja que todos sejam salvos (2 Pedro 3:9), e Ele quer que preguemos o evangelho a todos (Marcos 16:15). 
Isso significa que devemos permitir que todos entrem em nossas comunidades?
Um número crescente de pessoas está argumentando que deveríamos. Dizem que todos, não importa no que acreditam ou como se comportam, devem ser incluídos.

Colocando esta questão de outra forma, em que circunstâncias uma pessoa pode ser excluída de uma comunidade?
Existem tais circunstâncias ou todos deveriam ser incluídos o tempo todo? 
As Escrituras nos dão alguma orientação sobre esse assunto?

Para responder a esta questão, examinaremos primeiro as escrituras que falam sobre inclusão. Então vamos ver o que as escrituras falam sobre exclusão. 
Finalmente, veremos como essas escrituras podem ser conciliadas. Quando terminarmos, teremos uma resposta para essas críticas questões. Seremos capazes de definir os limites da inclusão e da exclusão.

Quem está incluído no Reino de Deus?

Para começar, vejamos o que as Escrituras dizem sobre a inclusão no povo de Deus. 
João 3:16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Yeshua diz aqui que “quem” crê nEle tem a vida eterna. “todo aquele que nEle crê” é um termo bastante inclusivo.
Outros textos explicam detalhadamente como funciona essa inclusão. 
Levítico 19:34
Ao estrangeiro que peregrina contigo tratarás como a um natural entre vós, e o amarás como a ti mesmo, porque foste estrangeiro na terra do Egito: Eu sou o Senhor [YHWH] teu Deus.
Atos 10:34-35
Então Pedro abriu a boca e disse: “Em verdade entendo que Deus não mostra parcialidade, mas, em cada nação, qualquer pessoa que o tema e faça o que é certo lhe será aceitável.
Não importa quem foram seus pais ou onde você nasceu; se você vier ao Deus de Israel, Ele o aceitará. Mas a inclusão de YHWH vai ainda mais longe: Ele também não discrimina com base na riqueza ou no status social:

Tiago 2:2-4
Porque, se entrar na vossa reunião um homem com um anel de ouro e roupas finas, e também entrar um pobre com roupas surradas, e se vocês prestarem atenção naquele que usa roupas finas e disserem: “Sente-se aqui com um bom lugar”, enquanto vocês dizem ao pobre: “Você fica aí”, ou: “Sente-se aos meus pés”, vocês não fizeram distinções entre si e se tornaram juízes com maus pensamentos?

Gálatas 3:27-29
Pois todos vocês que foram batizados em Jesus, O Cristo, se revestiram dEle. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem e mulher, pois todos vocês são um em Jesus. E se vocês são de Jesus, então vocês são descendentes de Abraão, herdeiros conforme a promessa.
Não importa para Deus o que o mundo pensa de você. Deus não valoriza você da mesma forma que o mundo; Ele não tem respeito pelas hierarquias do mundo. Nos reinos deste mundo, você pode ser um príncipe ou um indigente, mas no reino de Deus, você é simplesmente um filho de Deus. (ver Romanos 8:14; 9:26; Gálatas 3:26; 4:7; 1 João 3:1-3; Apocalipse 21:7; Êxodo 4:22; Jeremias 3:21-23; 31:20; Oséias 1:10; 11:1; Salmos 2:7-9). 
Mais uma característica importante da inclusão de YHWH é que Ele não discrimina com base nos seus pecados passados:

Romanos 3:23-26
porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e são justificados pela sua graça como um dom, através da redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação pelo Seu sangue, para ser recebido pela fé. Isto foi para mostrar a justiça de Deus, porque em sua tolerância divina Ele havia deixado de lado os pecados anteriores. Era para mostrar a sua justiça no tempo presente, para que Ele fosse justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
Romanos 5:8
mas Deus mostra seu amor por nós porque, enquanto ainda éramos pecadores, Jesus Cristo morreu por nós.

Efésios 2:4-5
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, mesmo quando estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Jesus Cristo - pela graça vocês foram salvos.
(ver também: Deuteronómio 9:6; Daniel 9:18)

Deus não permite que nos juntemos ao Seu Reino porque somos justos; Ele nos permite unir-nos para que possa nos tornar justos. Se Deus excluísse as pessoas por causa dos seus pecados passados, então ninguém poderia se tornar seguidor de Jesus.
Paulo nos diz em Romanos 3:23 que “todos pecaram”. Um dos principais princípios é que temos perdão pelos nossos pecados através de Jesus. Essa ideia básica é o que permite a inclusão de todos. Não se engane: todos têm a oportunidade de vir a Jesus e ser salvos. Como diz João 3, quem nele crê terá a vida eterna (João 3:15-16). As Escrituras são abundantemente claras ao afirmar que o reino de Deus é muito inclusivo.

Quem está excluído do Reino de Deus?

Embora a seção anterior parecesse muito clara, devemos examinar todo o testemunho das Escrituras antes de chegarmos a qualquer conclusão. 
Existem, de fato, escrituras que dizem que certas pessoas devem ser excluídas da comunhão.  Podemos dividir essas pessoas em três categorias: 
aquelas que rejeitam o evangelho, 
aquelas que destroem o evangelho e 
aquelas que persistem no pecado.

Vamos começar examinando os versículos que falam sobre a exclusão daqueles que rejeitam o evangelho. Yeshua ordenou aos seus discípulos que viajassem, pregando e ministrando ao povo. Mas o que Ele disse que deveria ser feito se alguém rejeitasse a Sua mensagem?

Marcos 6:7-11
E Ele chamou os doze e começou a enviá-los de dois em dois, e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Ele os ordenou que não levassem nada para a viagem, exceto um cajado – nem pão, nem sacola, nem dinheiro nos cintos – mas que usassem sandálias e não vestissem duas túnicas. E ele lhes disse: “Quando vocês entrarem numa
casa, fiquem lá até saírem dali. E se algum lugar não vos receber e não vos ouvirem, quando partirdes, sacudi a poeira que está em vossos pés, em testemunho contra eles”.
Quando alguém rejeitasse a mensagem dos discípulos, Yeshua lhes disse para “sacudirem a poeira dos pés”?  Por que? O evangelho de Lucas explica:
Lucas 10:10-12
Mas sempre que vocês entrarem numa cidade e não forem recebidos, saiam pelas ruas e digam: ‘Até o pó da sua cidade que gruda em nossos pés, nós varremos contra vocês. Contudo, saibam isto: que o reino de Deus está próximo.' Digo-vos que naquele dia haverá menos sofrimento para Sodoma do que para aquela cidade.
Assim como as pessoas daquela cidade os excluíram, eles também excluíram essas pessoas. Então, Yeshua diz para não incluir todos, mas para excluir aqueles que rejeitam o evangelho.
Uma segunda categoria de pessoas excluídas são aquelas que trabalham para destruir o evangelho. Paulo adverte contra tais pessoas em Gálatas e declara que elas são “amaldiçoadas”:
Gálatas 1:8-9
Mas ainda que nós ou um anjo do céu vos pregue um evangelho contrário ao que vos pregamos, seja anátema. Como já dissemos, agora repito: se alguém vos pregar um evangelho contrário ao que recebestes, seja anátema.

Paulo deixa claro que não pode haver evangelhos contrários. Ele diz que aqueles que pregam um evangelho contrário devem ser “amaldiçoados”. Este é o mesmo termo que ele usa em Romanos 9:3, onde ele iguala ser “amaldiçoado” a ser “afastado de Jesus”. O que ele recomenda em Gálatas 1 é que aqueles que se opõem ao evangelho que ele apresentou sejam excluídos da comunhão. João afirma o mesmo:

2 João 9-11
Todo aquele que segue em frente e não permanece no ensino de Jesus, O Cristo, não tem Deus. Quem permanece no ensino (Toráh) tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vier até você e não trouxer este ensinamento (Toráh), não o receba em sua casa nem lhe dê nenhuma saudação, pois quem o cumprimenta participa de suas más obras.

A terceira, e de longe a mais mencionada categoria de pessoas a serem excluídas, são aquelas que persistem no pecado. 
Paulo caracteriza o pecado como nosso antigo “mestre” e nós como seus antigos “escravos”. Ele diz que quando vamos a Jesus, somos redimidos do nosso antigo mestre e colocados a serviço de Deus. Nosso antigo mestre nos pagou com a morte, mas nosso novo mestre nos paga com a vida.

Romanos 6:16-18
Vocês não sabem que, se vocês se apresentarem a alguém como escravos obedientes, serão escravos daquele a quem obedecem, seja do pecado, que leva à morte, seja da obediência, que leva à justiça? Mas graças a Deus, porque vocês, que antes eram escravos do pecado, tornaram-se obedientes de coração ao padrão de ensino (Toráh) com o qual estavam comprometidos e, tendo sido libertos do pecado, tornaram-se escravos da justiça.
Romanos 6:22-23
Mas agora que você foi libertado do pecado e se tornou escravo de Deus, o fruto que você obtém leva à santificação e ao seu fim, a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Visto que não estamos mais vinculados ao nosso antigo mestre, Paulo nos diz para não o obedecer mais. Ele nos diz para não pecar.

Romanos 6:12-14
Não deixem, portanto, o pecado reinar em seu corpo mortal, para fazê-lo obedecer às suas paixões. Não apresentem seus membros ao pecado como instrumentos de injustiça, mas apresentem-se a Deus como aqueles que foram trazidos da morte para a vida, e seus membros a Deus como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, visto que não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

A linguagem que Paulo usa aqui em Romanos não chega a ordenar que um pecador deveria ser excluído da comunhão, mas tal linguagem é usada em outros lugares. Esta exclusão baseia-se na mesma ideia que Paulo apresenta aqui: que devemos ser servos de Deus, e não servos do pecado. Por exemplo, aqui está o que João disse:

1 João 3:4-8
Todo aquele que pratica o pecado também pratica a iniquidade (anomia; negação, não obediência à Toráh); pecado é ilegalidade. Você sabe que Ele apareceu para tirar os pecados, e nEle não há pecado. Ninguém que permanece nEle continua pecando; ninguém que continua pecando O viu ou O conheceu. Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Quem pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo. Quem pratica o pecado é do diabo, pois o diabo está pecando desde o princípio. A razão pela qual o Filho de Deus apareceu foi para destruir as obras do diabo.
João diz que aqueles que pecam, aqueles que praticam a iniquidade, fazem as obras do diabo, enquanto aqueles que praticam a justiça fazem as obras de Deus. Uma congregação pode incluir pessoas que fazem os dois tipos de obras? 
Parece claro que não pode, e em 1 Coríntios Paulo diz isso claramente:

1 Coríntios 5:9-13
Escrevi para você em minha carta para não se associar com pessoas sexualmente imorais - de forma alguma querendo dizer com os sexualmente imorais deste mundo, ou com os gananciosos e vigaristas, ou idólatras, pois então você precisaria sair do mundo. Mas agora estou escrevendo para vocês não se associarem com alguém que leva o nome de irmão, se for culpado de imoralidade sexual ou ganância, ou for idólatra, injuriador, bêbado ou vigarista – nem mesmo para comer com tal pessoa. Pois o que tenho eu a ver com julgar pessoas de fora? Não são aqueles que estão dentro da qahal (igreja) que você deve julgar? Deus julga os que estão de fora. “Expurguem a pessoa má de entre vocês.”

Paulo diz para “expurgar o homem mau do meio de vocês”. No contexto, Paulo estava falando sobre uma pessoa na qahal (igreja) de Corinto que estava envolvida em um pecado sexual. Este tipo de ato é proibido pela lei de Deus, é pecado.
1 João 3:4
…pecado é ilegalidade.

Da mesma forma, a fraude, a idolatria e todas as outras coisas más que Paulo menciona nesta passagem são pecados, também são coisas proibidas pela lei de Deus. Portanto, Paulo diz que aqueles que se autodenominam “irmãos”, mas continuam a pecar, devem ser excluídos da comunhão. 
O próprio Yeshua diz a mesma coisa:

Mateus 18:15-17
Se o seu irmão pecar contra você, vá e conte-lhe a culpa dele, somente entre você e ele. Se ele te ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não ouvir, leve consigo um ou dois outros, para que toda acusação seja estabelecida pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-los, conte isso à igreja. E se ele se recusar a ouvir até mesmo a igreja, deixe-o ser para você como um gentio e um cobrador de impostos.

Yeshua diz que quem peca e se recusa a ouvir a correção deve ser excluído da igreja; ele deve ser considerado um estranho. 
Todos estes versículos apontam para outra categoria de exclusão: qualquer pessoa que se denomina seguidor de Yeshua, mas continua a pecar, deve ser excluída da comunhão.
(Ver também: Atos 15:19-20; 1 Timóteo 5:20; 1 Coríntios 6:9-11; Tito 3:10-11; 2 Tessalonicenses 3:14)


Conciliando Inclusão com Exclusão

Lemos os versículos que falam de inclusão total no reino de Deus, bem como aqueles que falam de exclusão. 
Essas passagens podem ser conciliadas entre si? Ambos podem ser verdadeiros?
Vamos dar uma olhada em cada categoria de exclusão e ver.
A primeira categoria daqueles a serem excluídos são aqueles que rejeitam a mensagem do evangelho.
Embora esta seja tecnicamente uma categoria de exclusão, não é difícil conciliar isto com a ideia de inclusão. 
Podemos ser tão inclusivos quanto quisermos, mas não podemos forçar outros a serem incluídos quando não querem. 
Se convidarmos alguém para se juntar a nós e essa pessoa recusar o convite, estará se excluindo. Portanto, não há nenhuma contradição real aqui. 
Deveríamos estar dispostos a incluir essas pessoas, mas não há nada que possamos fazer se elas decidirem rejeitar o evangelho.
E quanto à segunda categoria a ser excluída, aqueles que se opõem e procuram destruir o evangelho?
Excluir essas pessoas também não é tão difícil de conciliar. 
É evidente que um grupo não pode funcionar se tiver pessoas que trabalhem em prol de objetivos completamente opostos. 
O próprio Yeshua diz que uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir (Marcos 3:25). Não podemos incluir pessoas que procuram destruir-nos, tal como um exército não pode incluir um espião estrangeiro, ou um rebanho de ovelhas não pode incluir um lobo.
Tal inclusão resultaria na destruição total do grupo de pessoas que tentamos nutrir e fazer crescer. Portanto, não há nada na exclusão de tais pessoas que seja inconsistente. Além disso, vale a pena mencionar novamente que estes inimigos do evangelho não precisam ser excluídos para sempre. Se essas pessoas destrutivas mudarem de ideia e aceitarem o verdadeiro evangelho, então serão aceitas. 
Isto nos leva à nossa terceira categoria de pessoas que são excluídas: aquelas que persistem no pecado. Esta é a forma de exclusão mais desafiadora para conciliar com as Escrituras sobre inclusão. 
Para colocar o desafio de forma simples: como é possível que os pecadores sejam bem vindos para virem a Yeshua e serem salvos, enquanto, ao mesmo tempo, os pecadores são excluídos da comunhão? Isso não é uma contradição aparente? 
Como podemos incluir pecadores e ao mesmo tempo excluí-los?
Para entender isso, precisamos olhar mais de perto os versículos que falam de inclusão e exclusão com referência ao pecado. Vamos começar com o principal, João 3:16:

João 3:16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Este versículo, como mencionamos antes, é extremamente inclusivo; “quem” crê no Filho de Deus terá a vida eterna. 
João 3:17
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dEle.

A razão pela qual Yeshua veio foi para incluir o mundo na salvação de Deus. Qualquer pessoa que “acredite” nEle pode participar dessa salvação. Novamente, isso é extremamente inclusivo. Mas, implícito nesta passagem está uma espécie de exclusão. Diz que todo aquele que “crê” será salvo. Isto, por definição, excluiria aqueles que não “acreditam”. À medida que continuamos lendo esta passagem, descobrimos que esta exclusão é explicada:

João 3:18-21
Quem nEle crê não está condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Único de Deus. E este é o julgamento: a luz veio ao mundo, e as pessoas amaram mais as trevas do que a luz porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica coisas más odeia a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam expostas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras foram realizadas em Deus.

Quem crê em Yeshua não está condenado, mas quem não crê está condenado. 
Qual é a diferença entre aqueles que acreditam e aqueles que não acreditam? 
Aqueles que não acreditam fazem “coisas más”. Suas obras são más. 
Aqueles que acreditam fazem as obras de Deus.
O que João está falando aqui é do arrependimento. Uma pessoa que crê também se arrepende do seu pecado. Ele para de servir ao pecado e começa a servir a Deus. 
É assim que podemos dizer que ele acredita. 
1 João 3:4-8
Todo aquele que pratica o pecado também pratica a iniqüidade (anomia: não cumprimento da Toráh); pecado é ilegalidade. Você sabe que Ele apareceu para tirar os pecados, e nEle não há pecado. Ninguém que permanece nEle continua pecando; ninguém que continua pecando O viu ou O conheceu. Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Quem pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo. Quem pratica o pecado é do diabo, pois o diabo está pecando desde o princípio. A razão pela qual o Filho de Deus apareceu foi para destruir as obras do diabo.

João deixa claro que aqueles que acreditam em Yeshua também mudarão seu comportamento; eles mudarão de um estilo de vida pecaminoso para um estilo de vida justo. 
Deixarão de fazer as “obras do diabo” e começarão a fazer as obras de Deus. Qualquer pessoa que não faça isso não permanece em Yeshua e, portanto, é excluída. 

At 10:34 E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; 35 mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.

Pedro não diz que todos são aceitáveis a Deus, não importa o que façam. Ele diz que todo aquele “que o teme e faz o que é certo” é aceitável a Deus. Uma pessoa não pode fazer o que quiser e ainda assim ser incluída no povo de Deus. Ele deve se afastar do pecado.
Agora, novamente, como podemos conciliar isso com a ideia de que os pecadores podem vir a Jesus? 
Bem, é tudo uma questão de quando uma pessoa está pecando. 
Se uma pessoa vive um estilo de vida de pecado antes de vir a Yeshua, é exatamente isso que esperaríamos. Yeshua veio para incluir essas pessoas; veio para nos salvar dos nossos pecados:

Mateus 1:21
Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus [Yeshua], pois ele salvará o seu povo dos seus pecados.

1 Timóteo 1:15
É fiel e digna de plena aceitação a palavra de que Cristo Jesus [Messias Yeshua] veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.

Se não estivéssemos pecando, não precisaríamos ser “salvos”. 
Mas, uma vez que somos “salvos”, espera-se que paremos de pecar. 
Se afirmarmos que estamos “salvos”, mas continuarmos a viver um estilo de vida de pecado, então estaremos rejeitando a própria “salvação” que afirmamos ter. Se ainda somos escravos do pecado, então não seremos diferentes de alguém que rejeitou o evangelho para começar. 
É por isso que Paulo deixa claro que não excluímos os pecadores; excluímos os pecadores que se autodenominam “irmãos”:
1 Coríntios 5:9-13
Escrevi para você em minha carta para não se associar com pessoas sexualmente imorais - de forma alguma querendo dizer com os sexualmente imorais deste mundo, ou com os gananciosos e vigaristas, ou idólatras, pois então você precisaria sair do mundo. Mas agora estou escrevendo para vocês não se associarem com alguém que leva o nome de irmão, se for culpado de imoralidade sexual ou ganância, ou for idólatra, injuriador, bêbado ou vigarista – nem mesmo para comer com tal pessoa. Pois o que tenho eu a ver com julgar pessoas de fora? Não são aqueles que estão dentro da qahal (igreja) que você deve julgar? Deus julga os que estão de fora. “Expurguem a pessoa má de entre vocês.”

Não impedimos que os pecadores venham a Jesus e sejam salvos. Não excluímos pessoas com base nos seus pecados passados. Mas evitamos que os pecadores continuem a ter comunhão conosco se recusarem a se arrepender e a mudar os seus caminhos. Excluímos pessoas que afirmam ser seguidores de Yeshua, mas que não O seguem.
Agora, existe um perigo neste tipo de exclusão. 
Nenhum de nós é perfeito; todos nós cometemos erros. 
Tito 3:10-11
Quanto a uma pessoa que provoca divisão, depois de avisá-la uma e duas vezes, não tenha mais nada a ver com ela, sabendo que tal pessoa é distorcida e pecadora; ele está autocondenado.

Quando alguém peca, devemos dar-lhe inúmeras chances de se arrepender desse pecado. Nós não chutamos uma pessoa apenas por cometer um erro. Quando uma pessoa se arrepende do seu pecado, ela será perdoada (Mateus 18:21-22). Só se ele se recusa a arrepender-se, se insiste em continuar a pecar, é que ele se condena e se exclui. 
Tito 3:10-11
Quanto a uma pessoa que provoca divisão, depois de avisá-la uma e duas vezes, não tenha mais nada a ver com ela, sabendo que tal pessoa é distorcida e pecadora; ele está autocondenado.

Conclusão

As Escrituras são claras que todos são bem-vindos para vir a Deus. Ninguém pode ser excluído por causa da sua raça, nacionalidade ou estatuto social. Além disso, ninguém pode ser excluído com base nos seus pecados passados. 
Quando vamos a Deus, Ele nos salva dos nossos pecados e da morte que o pecado traz. Todos são convidados a participar da vida que Deus oferece através da Sua misericórdia.
Dito isto, alguém que vem a Deus e não se arrepende dos seus pecados não está participando da vida que Deus oferece. 
Uma pessoa deve escolher a quem servirá. 
Alguém a quem é oferecida a oportunidade de servir a Deus e a recusa rejeitou o evangelho. Uma pessoa que insiste em permanecer num estilo de vida pecaminoso simplesmente não pode ser incluída.
Agora, isso não significa que nós tenhamos que ser perfeitos, nem significa que podemos excluir alguém com base em um único erro. 
Aqueles que pecam devem ser corrigidos e, quando ouvem essa correção, devem ser perdoados. Devemos excluir aqueles que insistem em desafiar a Palavra de Deus.
Portanto, devemos ser inclusivos, tolerantes, misericordiosos e graciosos. 
Não devemos rejeitar ninguém— nenhuma raça, nenhuma nacionalidade e nenhum estatuto social devem ser excluídos. 
Ninguém deve ser excluído por causa dos pecados que cometeu no passado. 
Todos são bem-vindos para virem a Yeshua, para terem os seus corações mudados e as suas vidas transformadas. 
Se uma pessoa insiste em continuar a pecar, então não é uma violação dos ensinamentos de Yeshua excluí-la da comunhão. Pelo contrário, isto é exatamente o que Yeshua disse para fazer em Mateus 18. 
Yeshua diz que devemos chamar a sua atenção para o seu pecado e dar-lhe inúmeras oportunidades para consertar as coisas. Se ele se arrepender, então devemos perdoá-lo. Mas se ele recusar todas essas oportunidades, então não há outra alternativa a nao ser eliminar o fermento.
Assim, embora devamos certamente ser muito inclusivos, não podemos incluir aqueles que se recusam a seguir Yeshua, a Toráh viva.

Shalom aleichem
Amigrace Farm Ministries


quinta-feira, 2 de maio de 2024

Orar Mateus 6:6


Mateus 6:6

Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 


    Não devemos orar para sermos vistos e ouvidos por outros. A oração em concordância  em conjunto, tem o seu devido lugar e é também extremamente necessária, especialmente nas reuniões da qahal, por isso devemos ser pessoas de oração. Acreditamos no poder de Deus de responder às nossas orações, ouvindo-as mesmo quando ninguém mais escuta.

“Ensina-nos a orar, ó Senhor. Ajuda-nos a buscar uma comunhão mais profunda, mais próxima e mais constante Contigo em oração – e a encontrá-la. As nossas almas têm sede de Deus e anseiam pelo Deus vivo, e não encontram descanso até chegarem a Ti. Ajuda-nos a fazer tempo para orar e a encontrar o poder da oração, fazendo isso de acordo com a Tua vontade. Em nome de Jesus, amém”.


Shalom aleichem

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Páscoa, a verdadeira






A Toráh


 

Toráh - a árvore da vida

 

            A palavra Bíblia é de origem grega, possivelmente uma referência a Bíblia, uma histórica cidade portuária no atual Líbano que era amplamente conhecida nos tempos antigos pelo excelente papel que exportava para muitas partes do mundo, incluindo a Grécia.

            A Bíblia, então, é uma referência ao meio do próprio livro, uma forma estática originalmente concebida para funcionar como um registro do passado e não como um guia vivo para o presente.

            Toráh (תורה), a palavra hebraica para Bíblia, vem da palavra horaah (הוראה), com o sentido de instruir, implicando um sentido mais dinâmico de relevância contemporânea.

 

            Entendida como tal, a Toráh serve não apenas como um livro de história antiga, mas, mais importante ainda, como um manual de instruções para a vida.

            Alguns sábios ensinam que embora a Toráh tenha sido formalmente dada no Sinai, ela antecede esse evento revelador e até precede a criação do mundo:

            “O Santo, bendito seja Ele, olhou para a Toráh e usou-a como um modelo para criar o universo.”       Como tal, a Toráh fornece um modelo metafísico para a compreensão das propriedades e do propósito do mundo e da existência humana.

            Ao estudá-la, entramos em contato direto com os elementos fundamentais da própria criação.

            A Toráh não é, portanto, uma mera peça de literatura; em vez disso, é um guia e deve ser estudado adequadamente.

            Da mesma forma que uma pessoa não tentaria operar máquinas complexas sem primeiro consultar o manual do utilizador, a jornada da vida e da existência humana num mundo infinitamente complexo requer o seu próprio conjunto de instruções para uma experiência completa.

            Seguindo esta linha de pensamento, pode-se perguntar com razão:

            Se a Toráh é um manual de instruções para a vida, por que inclui tantas histórias e relatos da história? Por que não fornecer apenas uma lista de mandamentos, instruindo-nos sobre o que fazer e o que não fazer, o que comer e o que não comer, etc.?

            O que acontece é que estas histórias não são apenas contos de personagens ou eventos passados. Elas também são instrutivas.

            Na verdade, quando lidas adequadamente, oferecem insights profundos e uma sabedoria de vida comovente para iluminar nossos caminhos e nos ajudar a navegar em nossas vidas.

            Simplificando, as histórias de Adão, Eva, Noé, Abraão, Sara, Rebeca, Lia, Raquel, Moisés, etc., representam as histórias de nossas vidas.

            Eles foram incluídos especificamente por causa de sua ressonância universal e arquetípica e porque expressam e encapsulam de maneira tão poderosa a essência da experiência humana ao longo dos tempos.

            Consequentemente, a Toráh não se destina a ser estudada como um exercício acadêmico.

            Por mais informativo que seja o estudo crítico, ler apenas a Toráh dessa forma seria contornar a sua função principal, que é ser uma força transformadora e orientadora nas nossas vidas, e não apenas um fóssil da antiguidade.

            O pensamento convencional é que você pode analisar, compreender e até ensinar um determinado corpo de sabedoria sem ter que praticá-lo.

            Você pode, portanto, ser um acadêmico respeitado, considerado um especialista em uma determinada área, sem nunca ter sido realmente um profundo conhecedor prático das verdades contidas na Toráh.

            A Toráh é um guia, não um tratado puramente teórico destinado apenas ao estudo acadêmico.        Sua sabedoria primária não está em acumular ideias, mas em orientar o comportamento, a vida e a prática do dia-a-dia.

Dt 5:1 E chamou Moisés a todo o Israel e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis e guardá-los-eis, para os cumprir.

 

            Portanto, qualquer pessoa que não esteja envolvida no cumprimento das instruções da Toráh é considerada como também não tendo se envolvido em aprendê-las.

            Sem integrar a sabedoria da Toráh em sua vida e ações, sem, na verdade, levá-la para o lado pessoal, você pode ter aprendido alguma coisa, mas não aprendeu a Toráh.

            Os sábios comparam alguém cujo estudo da Toráh excede suas boas ações a uma árvore “cujos galhos são muitos, mas cujas raízes são poucas”.

            Essa árvore será, sem dúvida, arrancada pelo primeiro vento, tornando-a vulnerável e pouco provável que se sustente por tempo suficiente para dar frutos.

            A sabedoria da Toráh foi projetada para centrar a pessoa, tanto corpo como alma, dentro de um mundo confuso e muitas vezes contraditório de incerteza moral.

            Se tomada puramente como conhecimento e teoria, a Toráh não terá o efeito pretendido, que é ancorar-nos numa vida espiritual enquanto navegamos num mundo material.

            Afinal, não é o conhecimento em si que nos torna pessoas melhores, mas como e quando agimos e atualizamos esse conhecimento. Este é o segredo da Árvore da Vida.

 

                  A principal preocupação da Toráh não é como e quando o mundo foi criado, mas por que e com que propósito.

 

Jo 1:1 No princípio, era o Verbo (a Toráh), e o Verbo (a Toráh) estava com Deus, e o Verbo (a Toráh) era Deus.

Jo 1:2 Ele estava no princípio com Deus.

Jo 1:3 Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.

 

Jo 1:14 E o Verbo (a Toráh) se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

 

                  O Verbo, a Toráh é o próprio Jesus. A árvore da vida.